terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

After a bad day

Pensei em fechar o blog. Tinha pensado que depois de tanto tempo sem escrever, não fazia sentido voltar. Mas ia deixa-lo como recordação do passado. Mas com o dia de hoje, apetecia-me falar com alguém, mas alguns dos meus amigos estão longe, ou chateados comigo, e a minha família tinha passado pelo mesmo que eu, ou pior, decidi passar aqui e talvez desperta-se em mim o sentimento para voltar a escrever.

Hoje seria um dia dedicado à família. Tinha aquela sensação que com o stress das aulas, depois os exames, agora as férias, estava um pouco afastada deles.
Fomos para a costa. Pequeno-almoço tudo bem, fomos à casa antiga para trazer o carro do meu pai. (Fui eu a conduzir até lá, e senti-me bem, tinha conduzido aceitávelmente para a distância que era) Seguimos para a Aroeira, chegando lá, fui encher os pneus das bicicletas com o meu pai (para irmos dar volta típica de bicicleta), aproveitámos para lavar o carro que estava sujissimo. E embora não tivéssemos tido conversas muito longas ou com assuntos elaborados, tinha sentido que tinham sido aquelas actividades "daughter and father". (Nunca tive uma relação fantástica com o meu pai, até admito que sentia ciumes da relação que a minha irmã estabelecia com ele. Mas construi a minha à minha maneira, simples. Na qual sei que o meu pai me compreende, e que gosta de mim à forma dele, tal como eu tenho a minha maneira de gostar)
Ainda fomos almoçar, pusemos a mesa cá fora no jardim, almoço simples, mas óptimo. Mas estávamos ao sol, e o meu pai disse que podia fazer-nos mal, e fomos buscar uma base e uma chapéu de sol. Acabado o almoço, começamos a levantar a mesa e o meu pai ia trazer a base do chapéu-de-sol. Quando vinha no caminho, a asa da base rasgou-se mas como era de ferro forrado de plástico espetou-de na mão dele. Nós apercebemo-nos, corremos a tentar ajudar. Procurámos uma alicate, fui buscar água-oxigenada e algodão, tentámos mas não conseguimos fazer muita coisa para ajudar. A minha mãe e irmã meteram-se no carro e levaram-no ao hospital.
Aquela imagem do ferro a trespassar o dedo, deixou-me super alterada, tentei ajudar, corria para ir buscar as coisas, mas quando eles saíram e parei senti-me tão tonta e mal-disposta. Arrumei mais rápido possível as coisas, peguei na minha avó e telefonei-lhes. Estavam no hospital e pronto, o pai estava a ser atendido. Voltaram, contaram-nos os pormenores, mas foi horrível, aquela imagem do meu pai e eu sem conseguir fazer nada para ajudar.
Viemos para Lisboa, deixámos a minha avó e cá em casa, lavei, sequei a louça, fiz o jantar, procurei tudo e mais alguma coisa. Parei para jantar e vir ao pc, mas estou estafada e triste.

Era suposto ter ido passar a tarde e noite com uns amigos, mas decidi não ir para não enfurecer ainda mais a minha mãe, que com os problemas no trabalho, anda com os nervos à flor da pele. Mais do que não ter ido, custa-me saber que os meus amigos e namorado ficaram chateados por não ter ido.

Preciso de conforto, de um abraço, que me digam que tudo vai passar, que me digam que sou assim, e que por vários e inúmeros defeitos, é assim que gostam de mim.

P.S.-> Ás vezes não gosto de ler aqueles textos sem fim e que ainda por cima que reportam fielmente o que aconteceu no seu dia, mas hoje precisava de mandar cá para fora tudo o que saltitava dentro de mim.
Demorei a decidir se publicava ou não a postagem, mas aqui vai..

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